15 de janeiro de 2021.

A Diabetes Mellitus (DM) é um transtorno metabólico, caracterizado por hiperglicemia (elevação da taxa de açúcar no sangue), e ocorre devido a incapacidade total ou parcial do organismo em produzir ou absorver a insulina em decorrência de fatores genéticos e ou ambientais. A insulina é um hormônio que controla a quantidade de açúcar no sangue (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2020). Como resultado das diversas alterações na homeostase corporal, a DM aumenta o risco de desenvolvimento de comorbidades como retinopatia, Insuficiência Renal Crônica e Acidente Vascular Cerebral (OPAS/OMS, 2020). A Diabetes Mellitus foi considerada pela OMS como uma das principais epidemias do século XXI, e segundo estimativas da Federação Internacional de Diabetes, a nível global, existem cerca de 429,9 milhões de pessoas com a doença. No Brasil, esse número é 16,8 milhões de pessoas vivendo com DM. O aumento de prevalência da diabetes está associado a transição epidemiológica, transição nutricional, maior frequência do estilo de vida sedentário, maior frequência de excesso de peso, envelhecimento populacional e, também, à maior sobrevida dos indivíduos com diabetes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a glicemia elevada é o terceiro fator, em importância, da causa de mortalidade prematura, superada apenas por pressão arterial aumentada e uso de tabaco (SBD, 2020). No Brasil, a DM foi a quinta causa de mortes, em 2018 (MS, 2020). A DM é classificada em duas formas, tipo 1 e tipo 2, os quais apresentam diferenças na sintomatologia e tratamento. O DM do tipo 1 (DM1) caracteriza-se pela destruição das células beta pancreáticas, geralmente causada por processo autoimune, determinando deficiência na secreção de insulina, o que torna essencial o uso de insulina como tratamento, para prevenir cetoacidose, coma, eventos micro e macro vasculares e morte (PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS DIABETES MELLITUS TIPO 1, 2019). A DM Tipo 2, que corresponde a 90% dos casos de diabetes, ocorre quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia, se manifesta com mais frequência na fase adulta (SBD, 2020). Atenção aos sintomas da DM como fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia. No DM do tipo 1, pode ocorrer perda de peso, fraqueza, mudanças de humor, náusea e vômito. Já no DM tipo 2, os sintomas incluem cicatrização demorada de feridas, visão embaçada e formigamento de pés e mãos (BRASIL, 2020). Diante das consequências da DM, essa doença crônica exige que os governos, sistemas de saúde pública e profissionais de saúde se conscientizaram da relevância do diabetes e de suas complicações para indivíduos e suas famílias.
Fonte:
BRASIL. Ministério da Saúde. Pacientes com diabetes contam com investimentos e cuidados no SUS. 2020.
Associação Brasileira De Diabetes. Disponível em: https://www.diabetes.org.b
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Diabetes Mellitus Tipo 1, 2019.SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD).
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2019-2020. São Paulo: Editora Clannad; 2020.