Enfermagem

Experiência de homens com a hemofilia

Sugestão de leitura do artigo sobre as experiências de homens em relação ao processo de viver com a hemofilia.

Autoras: Aline Machado Feijó; Eda Schwartz; Carme Ferré-Grau; Bianca Pozza dos Santos; Fernanda Lise.

Rev Gaúcha Enferm. 2021;42:e20200097. doi: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20200097

Adapting to (co)exist: experience of men with hemophilia in southern Brazil

Enfermagem

Relação entre Diabetes Mellitus e COVID-19

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pessoa com diagnóstico de Diabetes Mellitus (DM) compõe o grupo de risco de desenvlvimento da Coronavirus Disease-2019 (COVID-19) (1), causada pelo Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus-2 (SARS-CoV-2). O Diabetes Mellitus é considerado um fator de risco independente para o prognóstico da COVID-19(2), pois apresenta uma resposta imune prejudicada por sua condição que combina o aumento de glicose no sangue e comprometimento do sistema imunológico que os torna mais suscetíveis a infecções. Além disso, um fator importante nessa análise é a sensibilidade do indivíduo à covid-19, ser resultante de uma combinação de terapia e polimorfismo da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2), e esses dois fatores podem estar associados à Diabetes Mellitus (1). Os CoVs são vírus de RNA de fita simples, o maior entre todos os vírus de RNA conhecidos (3). A superfície de todos os CoVs têm uma estrutura característica em forma de coroa, conhecida como proteína do pico, proteína Spike. A proteína spike pode se ligar a um receptor específico da membrana celular e é o mediador chave para a entrada do CoV nas células hospedeiras. A enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) foi identificada como o receptor-alvo para SARS-CoV. A ACE2 é expressa por células epiteliais do pulmão, intestino, rim, e vasos sanguíneos.  A expressão de ACE2 está substancialmente aumentada em pacientes com DM tipo 1 ou 2, que são tratados com inibidores da ECA e bloqueadores do receptor de angiotensina II tipo I (BRA) (2). Como ainda não existem evidências clínicas para confirmar essa associação, a Sociedade Brasileira de Diabetes Mellitus recomenda a manutenção da medicação (4). Um outro aspecto que deve ser investigado é a predisposição genética para um risco aumentado de infecção por SARS-CoV-2, que pode ser devido a polimorfismos ACE2 que foram associados à Diabetes Mellitus, acidente vascular cerebral e hipertensão arterial. Pacientes com doenças cardíacas, hipertensão ou diabetes, que são tratados com drogas que aumentam ACE2, têm maior risco de infecção COVID-19 grave (2). Diante disso, é importante que a família da pessoa com DM colabore na adoção de medidas preventivas como o isolamento social, uso de máscaras, lavar as mãos, a forma mais eficaz de prevenir a COVID-19 é com a vacinação das pessoas com DM tipo 1 ou 2. Pois pode contribuir para reduzir o contágio do SARS-CoV-2, e o desenvolvimento das formas graves da doença (1).

  1. Folha informativa sobre COVID-19. https://www.paho.org/pt/covid19
  2. SHANG, Jian et al. The relationship between diabetes mellitus and COVID-19 prognosis: a retrospective cohort study in Wuhan, China. The American journal of medicine, v. 134, n. 1, p. e6-e14, 2021.
  3. FANG, Lei; KARAKIULAKIS, George; ROTH, Michael. Are patients with hypertension and diabetes mellitus at increased risk for COVID-19 infection?. The Lancet. Respiratory Medicine, v. 8, n. 4, p. e21, 2020.
  4. https://www.diabetes.org.br/publico/notas-de-esclarecimentos-da-sociedade-brasileira-de-diabetes-sobre-o-coronavirus-covid-19/2060-o-diabetes-no-cenario-da-pandemia-de-sars-cov-2

Enfermagem

Diabetes Mellitus: A importância do envolvimento da família para evitar as complicações agudas e crônicas

A Diabetes Mellitus é um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia, decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos. A Diabetes é considerada uma doença crônica, cujo controle da sua evolução inclui o desenvolvimento de atividades de educação ao paciente e sua família para prevenir as complicações. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (2020), uma pessoa com diabetes mal controlada, desenvolve mais complicações do que as bem controladas.1 Algumas complicações da Diabetes estão relacionadas à condições agudas (hipoglicemia, cetoacidose e síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica), e as complicações crônicas, microvasculares (retinopatia, nefropatia, neuropatia) e macrovasculares (doença arterial coronariana, arterial periférica e cerebrovascular).1 Desdobramento da DM em longo prazo incluem dois grandes grupos: arteriopatia e neuropatia responsável por doenças cardiovasculares e a microangiopatia, desencadeadora da retinopatia e da nefropatia. A neuropatia periférica é destacada como maior fator de risco para amputações, em estágio avançado leva a perda de sensibilidade protetora, está presente em mais de 50% de pessoas com DM e acima de 60 anos.2 As úlceras nos pés – mais conhecidas como pé diabético – e as amputações de extremidades são as de maior impacto socioeconômico e que afetam a qualidade de vida do paciente com diabetes.3 As atividades de educação para o controle da diabetes incluem informações sobre alimentação saudável, contagem de carboidratos, prática de exercícios físicos, identificação e tratamento da hipoglicemia, administração de insulina, insulinoterapia intensiva e o rastreamento de complicações. Os objetivos de controle glicêmico devem ser determinados individualmente, de acordo com a idade do paciente e a capacidade de identificar e tratar hipoglicemias.1 Estudo mostrou que a intervenção em atividade educativa em grupo e o telemonitoramento, com ligações telefônicas para discutir assuntos como o uso de medicamentos (orais, insulinas, manejo, armazenamento e técnica de aplicação), e a prática alimentar saudável, permitiram estimular e potencializar os cuidados de saúde das pessoas que vivem com a DM, de forma a atender as necessidades dessas pessoas, bem como, um viver melhor.4 Portanto, para o alcance do objetivo de controle glicêmico da DM, considera-se fundamental o envolvimento da família, pois atitudes pouco colaborativas não permitem o autocuidado acontecer, sendo a família é um fator influente na adoção de medidas de autocuidado.5 A partir do exposto, destaca-se a importância da Enfermagem envolver a família no controle glicêmico da pessoa com DM, a fim de diminuir as complicações agudas e crônicas ocasionadas pela Diabetes Mellitus.

1. Gonçalves, T., Amaral, K. M., Mosca, M., Schneiders, R. E., & Xavier, L. C. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Disponível em:  (https://www.diabetes.org.br/publico/images/pdf/Relatrio_Diabetes-Mellitus-Tipo-1_CP_51_2019.pdf)
2.Cuidados de Enfermagem em Diabetes Mellitus 2009, pg. 124
3. Pacientes com diabetes contam com investimentos e cuidados no SUS. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/noticia/10336

4. Duarte, CA, Berardinelli, LMM, Sabóia, VM, Santos, MLSC & Beretta, LL. (2020). Telemonitoring in nursing: contributions to the autonomy of people with type 2 diabetes mellitus. Research, Society and Development, 9(7): 1-22, e313973953, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3953 1
5. TESTON, E.F; SALES, C.A.; MARCON, S.S.. Perspectivas de indivíduos com diabetes sobre autocuidado: contribuições para assistência. Esc. Anna Nery,  Rio de Janeiro ,  v. 21, n. 2,  e20170043,    2017 .   Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452017000200214&lng=en&nrm=iso&gt;

Enfermagem

Diabetes Mellitus: uma das principais epidemias do século XXI

15 de janeiro de 2021.

https://youtu.be/PpMTiV5aOBI

A Diabetes Mellitus (DM) é um transtorno metabólico, caracterizado por hiperglicemia (elevação da taxa de açúcar no sangue), e ocorre devido a incapacidade total ou parcial do organismo em produzir ou absorver a insulina em decorrência de fatores genéticos e ou ambientais. A insulina é um hormônio que controla a quantidade de açúcar no sangue (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2020). Como resultado das diversas alterações na homeostase corporal, a DM aumenta o risco de desenvolvimento de comorbidades como retinopatia, Insuficiência Renal Crônica e Acidente Vascular Cerebral (OPAS/OMS, 2020). A Diabetes Mellitus foi considerada pela OMS como uma das principais epidemias do século XXI, e segundo estimativas da Federação Internacional de Diabetes, a nível global, existem cerca de 429,9 milhões de pessoas com a doença. No Brasil, esse número é 16,8 milhões de pessoas vivendo com DM. O aumento de prevalência da diabetes está associado a transição epidemiológica, transição nutricional, maior frequência do estilo de vida sedentário, maior frequência de excesso de peso, envelhecimento populacional e, também, à maior sobrevida dos indivíduos com diabetes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a glicemia elevada é o terceiro fator, em importância, da causa de mortalidade prematura, superada apenas por pressão arterial aumentada e uso de tabaco (SBD, 2020).  No Brasil, a DM foi a quinta causa de mortes, em 2018 (MS, 2020). A DM é classificada em duas formas, tipo 1 e tipo 2, os quais apresentam diferenças na sintomatologia e tratamento. O DM do tipo 1 (DM1) caracteriza-se pela destruição das células beta pancreáticas, geralmente causada por processo autoimune, determinando deficiência na secreção de insulina, o que torna essencial o uso de insulina como tratamento, para prevenir cetoacidose, coma, eventos micro e macro vasculares e morte (PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS DIABETES MELLITUS TIPO 1, 2019).  A DM Tipo 2, que corresponde a 90% dos casos de diabetes, ocorre quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia, se manifesta com mais frequência na fase adulta (SBD, 2020). Atenção aos sintomas da DM como fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia. No DM do tipo 1, pode ocorrer perda de peso, fraqueza, mudanças de humor, náusea e vômito. Já no DM tipo 2, os sintomas incluem cicatrização demorada de feridas, visão embaçada e formigamento de pés e mãos (BRASIL, 2020). Diante das consequências da DM, essa doença crônica exige que os governos, sistemas de saúde pública e profissionais de saúde se conscientizaram da relevância do diabetes e de suas complicações para indivíduos e suas famílias.

Fonte:

BRASIL. Ministério da Saúde. Pacientes com diabetes contam com investimentos e cuidados no SUS. 2020.

Associação Brasileira De Diabetes. Disponível em: https://www.diabetes.org.b

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Diabetes Mellitus Tipo 1, 2019.SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD).

Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2019-2020. São Paulo: Editora Clannad; 2020.

Enfermagem

Iniciativa Nursing Now Brasil

Cuidados & Famílias foi selecionado pelo Grupo de Trabalho Nursing Now Brasil para compor o conjunto de iniciativas que valorizam e apoiam as metas da campanha Nursing Now para o desenvolvimento da Enfermagem.

A campanha Nursing Now é uma iniciativa do Conselho Internacional de Enfermeiros e da Organização Mundial da Saúde (OMS), que visa promover o reconhecimento da importância da Enfermagem no funcionamento dos sistemas e serviços de saúde. A inciativa Nursing Now Global foi criada no Reino Unido, em 2018, e ocorre em mais 110 países. O ano de 2020 foi escolhido como o Ano Internacional da Enfermagem, pois, comemoramos dois séculos do nascimento de Florence Nightingale, enfermeira, britânica, reconhecida pelo seu papel de liderança e por ter impulsionado as bases profissionais. No Brasil, a campanha foi implementada pelo Conselho Federal de Enfermagem e pelo Centro Colaborador da Organização Panamericana da Saúde (OPAS/OMS) para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem.

Essa iniciativa global tem como metas:

  • Investir no fortalecimento da educação e desenvolvimento dos profissionais de enfermagem com foco na liderança.
  • Investir na melhoria das condições de trabalho dos profissionais de enfermagem.
  • Disseminar práticas efetivas e inovadoras de Enfermagem com base em evidências científicas, em âmbito nacional e regional.

A vigência da campanha Nursing Now Global foi ampliada até o final de junho de 2021 devido à pandemia do Novo Coronavírus ter revelado o grande valor da Enfermagem e a sua enorme contribuição para a sociedade.

Fontes:

Nursing Now Brasil | Campanha global chega no país: https://www.youtube.com/watch?v=S_IAolB7JZM

Nursing Now: https://www.nursingnow.org/

Nursing Now Brasil: http://nursingnowbr.org/

Organização Pan-Americana da Saúde. Diretriz estratégica para a enfermagem na Região das Américas. Washington, D.C : OPAS; 2019: http://iris.paho.org/xmlui/handle/123456789/50956

Enfermagem

2020 – ano da Enfermagem

A Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou 2020 o ano da Enfermagem. Enfermeiros(as) e parteiras desempenham um papel vital na prestação de serviços de saúde. Essas são as pessoas que dedicam suas vidas a cuidar de mães e filhos; dar imunizações que salvam vidas e conselhos de saúde; cuidar de pessoas idosas e, geralmente, atender às necessidades de saúde, essenciais do dia a dia. Frequentemente, eles são o primeiro e único ponto de atendimento em suas comunidades. O mundo precisa de mais 9 milhões de enfermeiras e parteiras para alcançar a cobertura universal de saúde até 2030 (OMS, 2020).

Para ler mais: https://www.who.int/campaigns/year-of-the-nurse-and-the-midwife-2020